A diabetes gestacional ocorre quando a futura mamãe reconhece a hiperglicemia (aumento nas taxas de glicose sanguínea) pela primeira vez em meio à gravidez. A cada 100 gestações, a condição se manifesta em quatro – sendo ela relativamente comum.

É ainda normal que a condição seja curada naturalmente depois do parto. Porém, mulheres que tiveram a diabetes gestacional estão no grupo de risco para desenvolvimento da diabetes do tipo 2, motivo pelo qual o acompanhamento deve seguir mesmo após o nascimento da criança.

A seguir, confira quais são as principais causas, sintomas e tratamentos relacionados à condição.

Causas de diabetes gestacional

Não se sabe, com precisão, quais são as causas para o desenvolvimento desse tipo de diabetes durante a gestação.

Porém, a comunidade médica estima que ela esteja relacionada à produção exagerada de alguns hormônios durante o período, que podem prejudicar o bom funcionamento da insulina e, principalmente, de sua ação nas células — o que consequentemente aumenta a concentração de açúcar na corrente sanguínea.

E quanto mais o bebê cresce, mais a placenta produz hormônios que podem bloquear a ação da insulina. Na diabetes gestacional, os hormônios da placenta (os “placentários”) geram aumento na quantidade de açúcar no sangue, em uma proporção que pode até afetar o bem-estar do feto.

Não à toa, é comum que a condição se desenvolva com maior frequência no segundo semestre da gravidez. São, ainda, alguns fatores de risco:

  • histórico familiar de diabetes;
  • ter mais de 25 anos;
  • ganho de peso exagerado na gravidez;
  • gravidez anterior com a condição;
  • bebês nascidos com +4 kg em gestações anteriores;
  • alteração na glicemia de jejum ou tolerância alta à glicose diminuída.

Quais são os sintomas?

Praticamente nulos. Os sintomas da diabetes gestacional são muito similares a vários outros comuns durante a gravidez, tais como aumento de fome, de sede, de micção ou visão turva.

Sendo assim, apenas os exames poderão confirmar a condição. Geralmente, eles são solicitados entre a 24ª e 28ª semana de gravidez.

Há como tratar durante a gestação? Como?

Sim. Como já destacamos, é muito possível que a mãe se livre da doença após o parto. Porém, durante a gestação, ela deverá adotar alguns hábitos para manter a saúde do bebê em dia. São eles:

  • monitoramento constante dos níveis de açúcar no sangue: esse controle deve ser realizado entre 4 a 5 vezes por dia, incluindo de jejum, pela manhã, e na sequência de refeições;
  • adoção de uma dieta equilibrada e saudável, de modo a evitar o ganho excessivo de peso e a concentração de açúcar na corrente sanguínea;
  • prática de atividades físicas;
  • medicamentos: em casos onde a dieta e exercício não se mostram eficazes na diminuição das taxas de açúcar, o médico pode prescrever injeções de insulina periodicamente.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em Salvador.