A cetoacidose pode ser uma condição grave e até mesmo levar o paciente a óbito. Ela é caracterizada pelo aumento da acidez no sangue. Isso provoca uma série de sintomas, como sede excessiva, vômitos, sensação de fraqueza e muitos outros que veremos mais à frente. Esta condição está estreitamente relacionada à diabetes.

Nesse artigo, vamos explicar essa relação e terminar falando sobre como prevenir a cetoacidose, do ponto de vista do paciente diabético.

Embora esteja relacionado à diabetes, esse distúrbio pode ser decorrente de uma série de fatores, como disfunções endócrinas, consumo excessivo de bebidas açucaradas ou refrigerantes, doenças agudas, como infarto do miocárdio e hemorragias digestivas, uso de determinados medicamentes e drogas.

No caso da diabetes Tipo 1, o risco desse distúrbio acontecer se torna bastante acentuado, porque as cetonas no sangue podem se multiplicar nos quadros de hiperglicemia.

A hiperglicemia ocorre quando há um descontrole da presença da glicose no sangue, que é causada pela deficiência na produção de insulina, hormônio responsável por levar o açúcar ao interior das células.

O açúcar é usado pelas células como fonte de energia. Quando esse metabolismo não ocorre corretamente, as células perdem capacidade, o que causa fraqueza no organismo, que, para compensar, metaboliza gordura.

O que são as cetonas?

Quando o corpo utiliza gordura como fonte de energia, há um aumento da presença de cetonas no sangue.

Elas são uma substância química produzida pelo corpo para auxiliar a insulina no metabolismo energético, cujo índice aumenta na ausência da segunda.

Com é uma substância ácida, aumenta sensivelmente a acidez do sangue. Quando isso ocorre, alguns sinais se fazem presentes, como o descontrole com a urina e o excesso de sede.

Esse processo é conhecido como cetoacidose, que é, na realidade, um distúrbio e pode até levar o paciente à morte. É preciso estar atento a sinais como náuseas, vômitos, desidratação, boca seca, dores abdominais, sonolência, taquicardia, hálito ruim, com cheiro de fruta, desorientação, fraqueza e febre.

Como evitar a cetoacidose?

Esse distúrbio é incomum em pacientes com diabetes Tipo 2. Está mais presente em indivíduos que possuem o Tipo 1 da doença, que são aqueles em que pode haver produção inexistente de insulina, cujo único tratamento é a injeção da substância.

Logo, a prevenção é seguir as indicações médicas corretamente, o que inclui a aplicação correta da insulina, verificar o funcionamento do aparelho de aplicação, monitorar regularmente o índice glicêmico por meio do glicosímetro, evitando picos de açúcar, fazer os exames periódicos de controle da diabetes e procurar adotar uma alimentação saudável, pobre em açúcar, gorduras e carboidratos.

Caso suspeite de que o quadro do paciente é de cetoacidose, ele deve ser levado para o atendimento emergencial para que o tratamento seja imediatamente iniciado.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em Salvador.