O organismo humano pode sofrer algumas variações endócrinas que desencadeiam alguns efeitos incomuns. Os hormônios, que deveriam ser produzidos em uma quantidade considerável e com funções preestabelecidas, são alterados em virtude de algum problema ocasionado às glândulas que os produzem, desordenando a correlação estritamente indicada das substâncias. Uma dessas disfunções é o hiperandrogenismo.

O termo grande se refere a uma ação biológica anormal na produção de andrógenos, que são hormônios mais difundidos num corpo masculino. A incidência dessa condição ocorre mais em mulheres, mas os próprios homens também podem desenvolver o problema em situações específicas. Nos dois casos, é preciso atenção para detectar os sinais e recorrer ao médico para tratamento.

Por que ocorre o hiperandrogenismo?

Essa condição é considerada mais um processo do que uma ação isolada. Isso porque o hiperandrogenismo provoca uma série de manifestações clínicas no corpo em virtude da concentração exagerada dos andrógenos.

A testosterona é a substância mais comum, mas outros materiais também podem aparecer com mais intensidade para metabolizar o organismo.

No caso das mulheres, a principal causa se dá pela síndrome dos ovários policísticos ou por uma hiperplasia adrenal – situações em que as glândulas sofrem alterações bioquímicas e passam a ter uma maior quantidade de andrógeno em sua consistência.

Contudo, quem já sofre de alguma patologia endócrina pode desenvolver a condição, caso a primeira irregularidade não seja devidamente tratada.

Já nos homens, a principal causa é o consumo contínuo de esteroides, influenciando numa produção mais intensa de andrógenos no corpo, e uma metabolização mais forte e mais rápida.

As mulheres também se encaixam nessa situação, embora nem sempre os sintomas sejam os mesmos. Em todo caso, uma manifestação isolada nem sempre se resume ao problema, requerendo um diagnóstico médico preciso.

Sintomas

Essa alteração não possui uma idade determinada para surgir. Até uma criança é capaz de apresentar o quadro clínico. Acne, seborreia, alopecia, problemas menstruais e disfunções ovulatórias são alguns dos sintomas apresentados. Também é mais propício desenvolver hirsutismo, que é o excesso de pêlos pelo corpo.

A libido também pode ficar ainda mais acentuada e, muitas vezes, em relação às mulheres, o problema pode afetar a fertilidade, uma vez que  afeta também a menstruação.

O que fazer?

Embora a ocorrência do problema não seja tão comum (de 5% a 10% da população), é essencial procurar auxílio médico logo nas primeiras percepções da disfunção. O hirsutismo é o sintoma mais fácil de relacionar com o distúrbio, mas menstruações intensas, excesso de acne, estresse, virilização e outras manifestações também precisam ser analisadas com mais atenção.

Procurando um médico, ele poderá intervir contra o hiperandrogenismo por meio de medicamentos antiandrógenos, contraceptivos orais, tratamentos dermatológicos (contra problemas cutâneos), substâncias sensibilizadoras de insulina (sua produção também é afetada) e outras medidas. Se a glândula que produz os andrógenos estiver debilitada, uma cirurgia removedora também será preciso. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais sobre o meu trabalho como endocrinologista em Salvador.