Em nosso organismo, existem diversas glândulas responsáveis pela produção de hormônios e outras substâncias. No entanto, nenhuma é mais famosa que a tireoide.

Localizada no pescoço, logo abaixo das pregas vocais, essa glândula é responsável pela produção tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4), hormônios que têm um papel vital por regular o metabolismo do corpo. Contudo, assim como qualquer outra parte do corpo, a glândula não está livre de problemas, sendo o mais comum deles o cisto na tireoide.

Também chamado de nódulo, o cisto corresponde a uma coleção de liquido colide que se forma na região glandular. É algo extremamente comum cuja probabilidade de aparecimento aumenta com o passar da idade. 

Apesar de na grande maioria dos casos os nódulos não apresentarem desconforto ou dor, quando muito grandes, eles podem causar um tom de voz mais rouco e dificuldade de engolir ou respirar, de acordo com o tamanho e localização.

Ao serem diagnosticadas com o nódulo ou sentirem alguma alteração na região, a maioria das pessoas se apavoram, julgando ser câncer. De fato, alguns nódulos na tireoide podem ser cancerígenos, mas isso ocorre apenas em 10% dos casos, ou seja, 90% dos nódulos são benignos. Os cistos coróides, 100% liquidos, não possuem valor patológico significativo.

Diagnóstico do cisto da tireoide

Como a grande maioria dos casos são assintomáticos, o cisto na tireoide costuma ser descoberto durante avaliações médicas de rotina. Ao achar algum indício do problema, o médico fará um teste para determinar qual o tipo do nódulo e descartar as chances de se tratar de um nódulo cancerígeno.

No último caso, o médico pode lançar mão de dois principais exames. O primeiro deles é a cintilografia da tireoide, no qual se ingere um líquido à base de iodo, que permite um contraste mediante luz especial, obtendo-se uma imagem da glândula.

O segundo exame para descobrir a presença de cisto na tireoide que pode ser utilizado, e o mais amplamente empregado, é a biópsia da glândula, que consiste na introdução de uma agulha no local para coletar um pedaço do tecido, que mais tarde será analisado em laboratório.

Tratamento

Vale a pena frisar que o tratamento do problema é bastante simples na maioria dos casos. A conduta mais usual observar o comportamento do cisto. Nesse caso, é necessário acompanhamento a cada 12 meses.

Em outros casos, a remoção cirúrgica pode ser necessária, realizada nos casos em que o tipo do nódulo da tireoide é o chamado hiperfuncionante, que pode levar ao hipertireoidismo, ou quando o nódulo é cancerígeno. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em Salvador.