Sob influência da base alimentar do homo sapiens, a dieta paleolítica é contemporânea e se fundamenta pela medicina darwiniana. Ela afirma que a constituição física humana mudou muito pouco com o desenvolvimento da humanidade. Por isso, deve-se resgatar a alimentação dos ancestrais paleolíticos como forma de manter a boa saúde.

Naquele período, o homem só se alimentava daquilo que podia caçar ou coletar na floresta, como carne, peixes, frutas, frutos e sementes. No conceito da dieta paleolítica, o homem está muito bem adaptado a tudo que pode caçar e coletar, apresentando dificuldades em se encaixar nas inovações industriais e agrícolas criadas na atualidade.

Como funciona a dieta paleolítica

A dieta paleolítica é considerada por muitos como mais uma moda na nutrição. Mas seu foco é mais abrangente do que a perda de peso. É uma mudança profunda nos hábitos alimentares. Nela não há espaço para nada que seja industrializado como o açúcar, embutidos e congelados.

Orientada pela alimentação dos nossos ancestrais, a dieta se baseia na medicina darwiniana, cujo conceito é que o homem iniciou seu processo alimentar na era paleolítica e que em sua genética não houve muitas mudanças estruturais. Ou seja, mesmo com o desenvolvimento da agricultura seguida pela industrialização, o ser humano mantém os mesmos padrões dos períodos mais remotos.

O que significa que é muito mais fácil para o organismo processar alimentos oriundos da caça e da coleta do que os que são produzidos. Até mesmo a agricultura é proibida, já que ela recebe influência de técnicas e outros mecanismos para se desenvolver. Ou seja, qualquer alimento que precise passar por algum processo para ser produzido ou modificado não deve ser consumido pelos adeptos.

Enquanto os ancestrais humanos estavam livres de doenças como a diabetes, obesidade e as cardiovasculares, elas ocorrem no dia a dia e já são consideradas epidemias pela Organização Mundial de Saúde. A base alimentar é a carne, fonte de proteína e nutrientes fundamentais para a produção hormonal, enzimas, agentes metabólicos e anticorpos.

São excluídos desse cardápio alimentos que precisam ser retirados de vagens como ervilhas, feijões e soja, assim como cereais de milho, aveia e trigo e carboidratos que não sejam naturais. Açúcar, só os contidos em frutas naturais e qualquer tipo de massa.

Os alimentos não precisam ser consumidos crus como era feito antes, mas é preciso evitar temperaturas muito altas e panelas postas diretamente no fogão. O melhor é que sejam assados. Há variações de dietas paleolíticas, em que algumas permitem ingestão de leite e bebidas alcoólicas, enquanto outras são mais rigorosas.

Riscos e benefícios da dieta paleolítica

A dieta paleolítica é uma das mais contestadas atualmente. Há seguidores fiéis, que valorizam os benefícios da dieta, enquanto outros listam as condições que podem ser prejudiciais. Nesse combate, há quem acredite que o ser humano não parou de evoluir após a era paleolítica. Os adeptos contestam, exemplificando com a dificuldade de muitos organismos de se adaptar à atual alimentação, apresentando alergias como a de lactose e glúten.

As críticas avançam para o consumo de carne vermelha, que em excesso pode ser um grande risco à saúde cardiovascular. Especialistas que estudam a dieta paleolítica acreditam que os danos físicos atribuídos à carne vermelha, na verdade, são resultados de uma vida alimentar desequilibrada.

Há comprovações antropológicas de que o condicionamento físico do homo sapiens é mais saudável. A base era a alimentação e os exercícios físicos que eram obrigados a fazer para buscar a comida diária. Há também comprovações bioquímicas que listam, pelo menos, 40 nutrientes presentes nos alimentos autorizados pela dieta, exatamente os que são necessários ao corpo humano.

O mais importante é que, antes de adotar uma dieta, é preciso buscar orientação médica, em que serão avaliadas as condições físicas, riscos de saúde e as necessidades de nutrientes de cada um.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em Salvador.