O diabetes tipo 2 é uma doença grave, que tem como causa direta a dificuldade do pâncreas de produzir insulina e/ou do organismo processar de forma adequada a referida insulina produzida.

Por sua vez, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, cuja finalidade é propiciar a produção de energia para no corpo através da absorção da glicose disponível na corrente sanguínea. É ela a responsável por levar a glicose para o interior das células, onde essa última é transformada em energia.

Quando esse processo acontece de forma deficiente, ocorre o excesso de açúcar no sangue, conhecido como hiperglicemia, o que pode levar o paciente a desenvolver a doença.

É importante ressaltar que o diabetes tipo 2 está ligado a fatores genéticos, sendo mais comum em pessoas que já tenham predisposição para a doença. No entanto, outros fatores como hipertensão, consumo elevado de álcool, baixos níveis de colesterol bom, obesidade e triglicerídeos elevados contribuem para o quadro.

Como prevenir o problema?

Alguns hábitos podem ajudar a evitar a hiperglicemia. Praticar atividade física, evitar o consumo de alimentos processados ricos em carboidratos e calorias que levam ao excesso de peso, evitar bebidas ricas em açucares e se alimentar com alimentos integrais ricos em fibras.

Acima de tudo, é essencial que o paciente consulte um médico, principalmente se apresentar sintomas como excesso de sede ou fome, cansaço, aumento da vontade de urinar, dores de cabeça, sonolência, enjoo e dificuldade de respirar, pois podem indicar açúcar elevado no sangue.

Estão associados à doença, hábitos sedentários, obesidade, má alimentação e consumo de produtos industrializados, de modo que manter uma vida mais saudável é a melhor forma de evitá-la.

Sintomas, diagnóstico e tratamento do Diabetes tipo 2

É preciso estar atento a alguns sintomas que podem indicar que o paciente desenvolveu a doença. Ocorrência constante de infecções na pele, nos rins e nas vias urinárias, além de feridas que custam a cicatrizar, furúnculos e formigamento nos pés, são alguns dos principais indícios.

O paciente também pode apresentar problemas visuais e sentir vontade exagerada e constante de urinar, além de muita fome e sede.

O diagnóstico é feito através da glicemia venosa, que é o exame que mede o nível de açúcar no sangue. Outro possível exame é a hemoglobina glicada, que mostra a média da concentração da glicose no sangue por um determinado período. O teste de tolerância a glicose é realizado para avaliar o comportamento do organismo quando ingere uma quantidade de 75g de carboidrato.

Trata-se de uma doença crônica, que deve ser tratada com medicamentos, além da adoção de algumas práticas, como os exercícios físicos, que ajudam a controlar os níveis de glicose e a evitar a obesidade.

Tanto os exercícios físicos como a dieta devem ser controlados pelo médico , pois mesmo os exercícios, em determinadas situações, podem concorrer para agravar o quadro. Quanto à dieta, deve ser cortado o excesso de gordura, doces, carboidratos simples, como pães e outras massas, além de se dar preferência à ingestão de frutas e vegetais. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas e o cigarro deve ser eliminado.

A glicemia também deve ser controlada através de exames periódicos.

Caso não tratada, a diabetes tipo 2 pode acarretar desenvolvimento de problemas vasculares graves que propiciam o surgimento de úlceras e feridas no pé, neuropatia diabética, arteriosclerose, nefropatia diabética, infecções, hipertensão, AVC e infarto do miocárdio.

Porém, se bem controlada, o paciente não sofrerá com as complicações e poderá ter uma vida plena, longeva e sem limitações. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em Salvador!