A bomba de insulina é um aparelho que foi criado para facilitar a administração das doses de insulina na vida dos diabéticos. Não se preocupar com os horários para aplicar as doses de insulina basal é um dos benefícios do aparelho, mas existe outros muito mais importantes!

Essa tecnologia ainda não é amplamente conhecida como a caneta ou a seringa, mas tem vantagens excelentes para o tratamento. Para desmistificar opiniões sobre essa máquina, confira oito mitos e verdades sobre ela.

Bomba de insulina sem mitos

1. Atrapalha nas atividades diárias

Um dos principais propósitos do equipamento é facilitar a vida de quem usa. E para isso, o seu formato, peso e modo de uso são os mais simples e ajustáveis possíveis.

O aparelho pesa em média 100 gramas, tem medidas compactas e pode ser usado preso ao cinto ou ao cós de calças, saias e bermudas. Com isso, caminhar, dormir, sentar, dormir e outras atividades não serão afetadas com o uso da máquina.

2. Causa hipoglicemia e hiperglicemia

Cada paciente recebe uma dosagem de insulina de acordo com sua necessidade.  E a bomba eletrônica de insulina é programada para infundir a insulina na medida certa e em horários determinados, conforme configuração do seu médico.

Além disso, a ação automatizada da máquina não irá superdosar ou deixar de aplicar a insulina. Todo incremento deverá ser autorizado pelo paciente ou responsável.

3. É feita uma cirurgia pra usar

Não é necessária nenhuma cirurgia para instalar o aparelho. Ele fica do lado externo do corpo e a única parte em contato direto com a pele é a cânula, espécie de agulha por onde a insulina é injetada.

4. Não é preciso usar mais a caneta ou a agulha

 A caneta ou agulha devem ser usadas em situações emergenciais, em que o reservatório de insulina da bomba está vazio, ou por alguma falha no equipamento. Por isso, é recomendável ter uma caneta como reserva sempre em casa ou quando for viajar.

As verdades sobre o aparelho

1. Apenas o médico deve programar a bomba

Somente o médico responsável pelo tratamento deve programar esse aparelho. Isso porque seu uso é controlado e não pode ter margens de erros nas dosagens, nem para mais e nem para menos.

2. A cânula e o local de aplicação devem ser trocados

Além de limpar com álcool 70% o local antes da aplicação da cânula, para evitar infecções, você deve trocar essa peça a cada dois ou três dias.

Fora isso, é recomendável também mudar o local de aplicação da cânula com frequência, para não machucar a pele.

3. A medição da taxa de glicose deve ser feita também

Além das medições automáticas que o mecanismo pode fazer, a depender o do modelo da bomba, você também deve medir a taxa de glicose para reforçar o controle. O monitoramento duplo faz com que eventuais erros da máquina sejam corrigidos a tempo de evitar dosagens erradas.

Os testes de glicemia devem ser feitos quatro vezes ao dia no mínimo para garantir a checagem certa. Isso se não houver mudanças da rotina. Porém o recomendável são 6 aferições. Nas bombas que possuem o monitor subcutâneo, é necessário realizar duas medições para calibração do dispositivo.

4. A máquina não pode ser molhada

Para tomar banho ou fazer alguma atividade em que você fique na água, a bomba de insulina deve ser desconectada da cânula. O equipamento não é a prova d’água e pode ser danificado se entrar em contato com água ou outros líquidos. Porém, alguns modelos mais recentes já apresentam resistência e podem entrar na água mas se deve evitar tempo prolongado e mergulhos esportivos profundos, como no mar.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como endocrinologista em Salvador.